Gratuidade de justiça: quem tem direito e como solicitar

Entenda os direitos garantidos pela lei e como obter a gratuidade de justiça.

A gratuidade de justiça é um instrumento jurídico essencial que visa garantir o acesso à Justiça para todos, especialmente aqueles que não possuem condições financeiras de arcar com as despesas de um processo judicial. Desse modo, este benefício está previsto na legislação brasileira e é frequentemente aplicado em processos trabalhistas, cíveis e até mesmo em alguns casos criminais. Por isso, neste artigo, explicamos quem tem direito à gratuidade de justiça, como ela pode ser solicitada e quais cuidados tomar durante o processo.

O que é a gratuidade de justiça?

Primeiramente, cabe destacar que a gratuidade de justiça é o benefício legal que isenta uma pessoa do pagamento de custas judiciais, taxas e honorários advocatícios. O objetivo é assegurar que todos os cidadãos possam exercer o direito constitucional de acesso à Justiça, conforme o artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal.

A isenção pode abranger diversos encargos, como:

Custas processuais

Incluem taxas de distribuição, despesas com cartório, autenticação de documentos, entre outras cobranças administrativas.

Honorários periciais e advocatícios

A gratuidade também pode cobrir os valores devidos a peritos designados pelo juízo e os honorários advocatícios da parte contrária, quando cabíveis.

Quem tem direito ao benefício de gratuidade de justiça?

O direito à gratuidade de justiça não se restringe apenas a pessoas físicas em situação de pobreza extrema. A lei admite que qualquer pessoa que não possua condições de pagar as custas do processo sem comprometer sua subsistência possa requerer o benefício.

Critérios legais

De acordo com o artigo 98 do Código de Processo Civil (CPC), o pedido de gratuidade pode ser feito por:

  • Pessoas físicas comprovadamente hipossuficientes;
  • Associações sem fins lucrativos;
  • Pequenas empresas que enfrentam dificuldades financeiras;
  • Em alguns casos, pensionistas, aposentados e trabalhadores em geral, principalmente em ações trabalhistas.

A jurisprudência atual admite que a simples declaração de hipossuficiência é suficiente para concessão inicial do benefício, salvo impugnação pela parte contrária com prova em sentido contrário.

Como solicitar a gratuidade de justiça

A parte deve formular o pedido junto com a petição inicial do processo ou em qualquer fase da ação, desde que o fundamente devidamente.

Declaração de hipossuficiência

É essencial que o requerente anexe uma declaração de hipossuficiência, na qual afirma, sob as penas da lei, não possuir condições de arcar com os custos do processo.

Análise judicial

Cabe ao juiz avaliar o pedido com base nos documentos apresentados. Em caso de dúvida, o magistrado pode solicitar a apresentação de comprovantes de renda, despesas mensais, extratos bancários, entre outros.

A revogação da gratuidade

A gratuidade de justiça pode ser revogada caso se comprove que o benefício foi concedido com base em informações falsas. Além disso, se houver mudança na situação econômica do beneficiário durante o processo, a parte contrária pode requerer a suspensão da gratuidade.

Entre em contato

Portanto, a gratuidade de justiça é um mecanismo fundamental para a efetivação do acesso à Justiça, promovendo a igualdade de direitos no sistema judiciário. Desse modo, saber quem tem direito ao benefício, como solicitá-lo corretamente e quais são os critérios exigidos é essencial para evitar prejuízos processuais e garantir uma atuação segura no Judiciário.

Por isso, se você está enfrentando dificuldades financeiras e precisa ingressar com uma ação judicial, conte com o suporte do BSL Advogados. Nossa equipe é especializada em garantir seus direitos com segurança jurídica e atuação personalizada. Agende uma consulta com nossos especialistas e obtenha a orientação adequada para o seu caso.

Leia também: